quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Olímpíada de Língua Portuguesa

Alunos da escola aceitaram o desafio de participar da Olímpiada de Língua Portuguesa. Produziram textos nos gêneros poesia, memórias e crônicas.
Veja os textos finalistas da escola para a etapa municipal:

Categoria poesia:

BELEZA PURA
Aqui na minha cidade
Tem araras nos buritis
Criança cantando felicidade
Sabendo que nasceu aqui

Lucas do Rio Verde
São seis meses de chuvarada
Depois vem a poeira
A gente nem fica desanimada

Minha escola é Ceconello
Escola de boa educação
Tem uma horta caprichada
Garantindo melhor alimentação

Aqui vem muita gente
Gente de todo lugar
Em busca de progresso
E seus sonhos conquistar

Gosto muito dessa cultura
Tantos sotaques diferentes
Como é incrível tal mistura
Parece música a conversa dessa gente

Aqui o progresso veio
Veio derepente
E o sol nasceu pra todos
Abrilhantando essa gente

Em nosso rico chapadão
Encontramos muitas belezas
Pois todos moram aqui
Em meio a natureza

Tem árvores importantes
Exigem respeito pela idade
Pois essas aqui chegaram
Antes de construir nossa cidade

Tem agricultor mexendo na terra
Semeando seu suor com amor
Trazendo nas mãos calejadas
Novos sonhos de plantador

Com os sonhos a certeza
Certeza de felicidade
Aqueles que aqui vem
Encontram a prosperidade

Mamãe disse que há sonho
Sonho por toda parte
Depositam tanta esperança nessa terra
Que não é de se estranhar
Chegar alguém até de Marte


Rhalija Zaccaron Rocha
3ª fase do 2º ciclo, turma  A



Categoria memórias:

Recortes da Memória

Em 1985, resolvi mudar minha vida, pois vi que precisava assim dar um novo rumo ao meu ser e de meus entes queridos.
Foi então que busquei a melhor opção, pois aos meus longos trinta e dois anos de idade, já não havia muito tempo para aventuras desorientadas, então por auxilio de um grande amigo, fui morar em Lucas do Rio Verde.
Eu e minha família viemos a estas terras em uma época não muito fácil, só havia sessenta casas e o restante era tudo mato, a cidade era apenas um pequeno distrito de Diamantino.
Escolas para nossos filhos, fora esta construídas por pais de crianças que haviam chegado aqui, como espécie de uma grande cooperativa e, assim, fundaram o Colégio Dois Mil.
Não muito diferente de onde vim, vestiam roupas um tanto simples, típicas da época e das condições que lhes apeteciam.
As compras de mercadoria, somente à vista, pois ninguém confiava em ninguém. Também poderá! A cada dia aqui chegava um forasteiro.
Mas o sofrimento maior mesmo eram os meios de transportes, pois tinha ali somente uma empresa por nome de Maringá, a qual fazia o transporte de toda nossa redondeza e quando conseguia vagas, só por Deus! Era de dois a três dias de viajem, pois as estradas eram ruins e esburacadas.
Numa certa noite acordei assustado com o frio que fizera. Este era tão grande que ao abrir a porta do meu barraco, achei que estivesse no meio do pólo norte. Caia uma garoa tão fria, tão fria, que parecia que com ela caia neve. Graças a Deus que foi só um dia e meio! Achei que íamos congelar.
Antes que eu me esqueça de falar de pontos importantes, relatarei agora: nossas ruas eram de terrão batido mesmo. Aquilo era até bonito de se ver! Aquele poeirão levantando! Porém este deixava muita gente doente e quando a poeira baixava vinha o pesadelo, com ele, chuvas dias e noites causando alagamentos e muito barro por todo lado. E isso que as ruas eram poucas, imagina só! Duas ruas e algumas secundárias. As casas, a maioria era feitas de taipa ou tábuas e aquelas que eram de tijolos, ainda eram todas de tijolo à vista.
Até as amizades daquele tempo eram diferentes, pois todos eram tipo família.
Considero que Lucas hoje mudou da água pro vinho. Pois deu um grande salto ao progresso em tão pouco tempo, mas ainda acredito que foi diante de tantas pessoas que chegaram aqui em busca de inovação.
E com tantas inovações vieram também os problemas como: violência, drogas e outros mais.
Porém, hoje sei dizer que sou feliz por aqui estar e poder ter a oportunidade de acreditar no crescimento do nosso município.
Sou Sebastião de Paula Ferreira, pastor e condutor de glórias a esta terra amada.

Kálita Ferreira Simões
1ª fase do 3º ciclo, turma  B


Categoria crônica:


O LAGO

Entre dois bairros surge um lago para ligá-los. É uma alegria para quem mora no Venturini. A beleza dele deixa todos orgulhosos.
Quando o dia amanhece os moradores do Venturini saem para trabalhar ou para a escola. É com prazer que passam pela rua que corta o lago que liga o bairro, onde eu vivo, com o Maffini. Ao avistar o lago, o dia realmente amanhece trazendo a alegria de viver aqui. E assim, segue o dia de quem trabalha ou estuda e, também, de quem não faz nada.
Ao final da tarde, quando a noite cai e as luzes acendem, os trabalhadores começam a retornar aos seus lares. O aproximar do lago é um encanto. Ele está entre a penumbra do escuro da noite e o clarear das luzes dos postes que foram colocados um aqui outro acolá.
A rua fica entre o lago e um espaço vazio sem construções, a cidade está em pleno desenvolvimento. Os postes oferecem luzes para quem se aproxima do lago, lugar ideal para os amantes trocarem juras de amor. E a rua e os vão que não recebem luzes, para os usuários de drogas compartilharem o vício. 
Quando os casais retornam aos seus lares, ainda restam os trabalhadores que ainda estão vindo dos seus trabalhos e os dependentes químicos que não tem hora para acabar a viagem que a droga oferece.
Uma viagem que passa por caminhos desconhecidos da mente humana e que pode ressaltar os sentimentos mais ínfimos da alma humana. Essa viagem tem levado os dois universos se cruzarem: o trabalhador e o doente químico. Um por que volta cansado do trabalho e tem que cruzar o lago para chegar em casa; o outro, na viagem, enxerga o trabalhador desavisado como a presa fácil para destinar todo o ódio acumulado pela vida torpe que tem sido destinado.
O lago fora criado para dar beleza aos bairros, para encher de orgulho o morador luverdense, para as famílias descansarem depois de uma semana fatigável, os amantes selarem seus compromissos “eternos”. Mas, entre um objetivo e uma realidade, geralmente, o que permanece é a realidade.

Poliana Alves da Silva
3ª fase do 3º ciclo, turma  C

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